30 de mai. de 2011

(continuo a escrever, para ela)

quase um ano, dias que as vezes o poeta se espanta, com o tempo, que não faz sentido, não te-la aos seus braços ao acordar com a cama vazia.
em dias tão frios e longos, são os que se arrastam sem vê-la, só aumenta os milhões de quereres de doces beijos e gotas salgadas de suor capazes de emagrecer kilos em minutos quase infinitos, que transformam-se até em horas, de deliciosos arranhões e gritos, de paixão e amor, e esses instantes transformam-se em ano
que não acaba, só aumenta a vontade de ter mais, cada segundo ao lado precioso de pele quente ardente dela, a querida musa, e tão feliz, sem cabelos arrumados ou lençóis nos devidos lugares.
lugar, dela, ao lado do poeta, que idolatra e ama, em desejos nada secretos ao seu ouvido...

(continuará)

29 de mai. de 2011

(mais uma vez, continuo...)

Levado em rolos de fumaça, enrolado ébrio de amor em redes de pesca, o poeta cai em sua armadilha de fios e palavras, de fino trato e alucinado, perdido na vastidão dos olhos verdes que são espelhos no céu.
em ruas vazias o poeta embriagado a tempos gritava seu nome, sentindo que ama, sentindo o salgado escorrendo no rosto e tocando os lábios, como ele queria que fosse a musa o tocasse assim, sem luxúria, com carinho, ceder ao toque sem maldade, ele implora às estrelas que tragam ela além das lembranças.
decisão tomada ao pé do ouvido, ela arrepia a ponto do poeta notar, ele se derrete e se entrega derretido aos pés da musa, agora dele.
tão dele, que as poesias não fariam nenhum sentido, sem ela.
estranho, poeta, o salgado volta a boca... mas no gosto salgado do beijo, do suor, das lagrimas de amor, consumado nos lençóis feitos de nuvem, só para o bel prazer do amor do poeta e de sua musa...

28 de mai. de 2011

(continuando)
um ano, que passa em poesias e loucuras, luxuriosas, deliciosas e adocicadas, morrendo em dedos e tapas, tão carinhosos quantos os sonhos impossíveis na época, hoje mais sonhados possíveis
o poeta louco amaldiçoa em palavras mal faladas, os poetas que fizeram sucesso sem amar suas musas, maldito Ataulfo, e os outros milhares que amaram e caíram aos pés de suas musas, sem o prazer de te-las de fato.
amar e te-la, ter e amar, rir de besteiras sem sentido em meio a fumaças de suor e amor, sem tempo de sofrer, só amar, sem saber se apaixonar...
pela sereia de água doce que me leva onde quer, e onde me deixo levar pelo seu amor...

(ainda não acaba)

27 de mai. de 2011

O projeto

desde hoje, ou de anos atrás o poeta se confessa em silêncio, com o prazer das palavras faladas ao pé do ouvido de mais um nuvem de fumaça que sai da sua boca, poeta louco, se confessa ja há tantas luas cheias desejosas, por culpa da musa, que mesmo sem dever, já não saia de sua, nossa, cabeça.
como sinais céticos práticos vindos do poeta louco e cafageste, maluco, malandro a borboleta surgiu como a musa, que encanta, brilha o olho, em uma frase do poeta os olhos verdes brilharam, fazendo o poeta sorrir, confundindo, todos os sentidos, mortos em beijos menos de 24 horas depois da estrela descer nos olhos daquela que sem saber, só com os olhos criou uma poesia sem fim. confissões perigosas, ja que uma poesia por um olhar é arriscado...
mesmo o tempo passando, ao contrário do poeta orgulhoso, a poesia do encanto a musa crescia em mãos desenhadas e cócegas perigosas, pelas mãos dele, que escrevem e a tocam, com o desejo de mil beijos
tão intenso e confuso que livre ou não cresceu, e em conversas e mais conversas de mil horas, em lugares zerados e bancos de ônibus, a paixão contra-dizia a razão irrefutável do cetisismo do poeta, que cria palavras e poesias, sem defini-la apenas desejando-a, como sempre.
a luas atrás, e quantas luas ouviram-no reclamar que era ela que o poeta queria, até decidir, por escolher contar em partes desejos mais loucos de um dez ou vinte anos, mas agora fazendo quase um...


(continuará)

24 de mai. de 2011

matematicamente quadrado os olhos virados pro teto, buscando as estrelas dos teus olhos, deitados nos travesseiros, os mil fios de cabelo, arrancados e puxados com amor e sofreguidão, de amor violento proibido, libertado nos gritos fortes de êxtase de quimica, e física como somos.
ah essa loucura de poetas, do povo e de mulheres musas e mulheres fortemente claras, alvas e puras, capazes de gerar o mais puro amor em flores claras,que virão em futuro sonhado, com tanto fervor em calores de fogo e vinho poeira de estrela e fumaça verde
ah essa paixão de poeta e musa, desacreditado, mesmo ja consumado...

23 de mai. de 2011

Doses extras de metamorfismo e palavras esquisitas, em mais uma tragada o poeta inspira fumaça e palavras. a modificação quase matemática e sistemática do querer e das ilhares de vontades que arrepiam a minha pele com as lembranças de horas em dias ou semanas ou mundos atrás.
maldita deliciosa armadilha que é o amor, construido em bases loucas e firmes, de palavras proibidas capazes de encher um ou dois dicionários, incapazes de diluir ou homeopatizar o amor. cada dia mais destilado e refinado com detalhes de riqueza sem fim.
ao contador de estórias resta o cheiro da quarto que tem na lembrança, mistura de odores e amores, perfumes queimados e suados. amor por baixo dos panos à luz de velas, com musica própria, ao desfrute de listas incríveis, quase inacabaveis de musicas acusticas.
que sempre acabaram em "te amo" do poeta louco em lençóis livres...

22 de mai. de 2011

o poeta, cercado de cuidados, cuida e se apaixona, como sempre deita na cama ou no sofá, tanto faz, e olhando pro teto, pensa nela.
mas não noite passada, como olhar pro teto, se a musa dos tantos poemas deitava ao seu lado, com mil possibilidades infinitas, a noite para dormir quase não veio.
as peles se tocam, cócegas viram arrepios, de frio ganham calor e como sem querer a mordida não resiste a orelha, por culpa do cheiro, de flor, da musa que despertam sempre todos os milhares de quereres, dentro do mais vasto império de desejos que cabem na ponta dos dedos da mão e acabam no pescoço. as bocas tocam se encontram, a flor pronta, entregue, a mais uma das possibilidades loucas das vidas nada incomum que poeta e musa vivem
amor e cumplicidade eternos culpados pelos crimes mais que perfeitos, lembrados com o cansaço da pele e o barulho irritante do sofá, o ombro serve de esconderijo novamente para a mais perfeita Vênus, que tem poder, de virar arte, palavra e amor, toques pecamisos e suaves as mãos sempre vão se procurar, desde anos atrás até dormir hoje, como são tolos, nesta relação maluca e comum, tão óbvia quanto estapafúrdia,(se essa palavra ainda existir) linda relação, poeta e sua musa, como a borboleta nua e o carteiro, de Neruda a paixão inevitável, paixão luxuriosa e prazerosa acabou por se trair e cair na armadilha do amor,
agora dormem, enquanto as mãos se procuram e o sono acalma quando se encontram...

18 de mai. de 2011

a chuva fecha o tempo e faz as memórias começarem a ferver, cheguei a outra conclusão eu odeio o mês de maio. sempre em maio. as vezes queria que meus vícios e as poucas virtudes sanassem em segundos.
minhas veias ainda mais adrenalina, que loucura passar pela angustia de novo. a chuva bate na janela e as gotas choram escorrendo no vidro transparente suado.
as dores nos braços com a falta da minha heroína, quantas dores apavorando o sono de tristeza do poeta.
que ao deitar-se com o sono virão lembranças e lagrimas, infelizmente, sejam bem vindas...
ébrio de vinho e fumo, o poeta senta-se a janela para escrever, sobre encantamentos mudos capazes de se dissiparem ou se acumularem dependendo do lado que a musa sorri, ela não à vê, pelo menos não quando se deixa em casa, a mente trabalhando na profundidade clara das lembranças dos olhos dela.
e a musa duvida, dá trabalho a ele que se esforça para fazer sorrir e olhos profundos como lagos de águas rasas, por segundos o encanto corre nas veias como adrenalina apenas vendo corar...
ébrio de vinho e fumo, o poeta senta-se a janela para escrever, sobre encantamentos mudos capazes de se dissiparem ou se acumularem dependendo do lado que a musa sorri, ela não à vê, pelo menos não quando se deixa em casa, a mente trabalhando na profundidade clara das lembranças dos olhos dela.
e a musa duvida, dá trabalho a ele que se esforça para fazer sorrir e olhos profundos como lagos de águas rasas, por segundos o encanto corre nas veias como adrenalina apenas vendo corar...

17 de mai. de 2011

aos olhos do poeta, a química da briga entre a beleza e a vontades, milhões de quereres, escondido por trás de mentes pensantes e olhos brilhantes, que na fuga dos olhos pro chão, ou pra qualquer canto que fuja dos olhos do poeta, que deixa rubra envaidecida, quase que se esconde e foge, com os olhos fundos
e como ele se encanta, o poeta derrete a mente atras de palavras e trabalhos que ela dá só com os olhos e o sorriso a beleza negada da musa que inspira, doce e desconfiada, e de novo a claridade brilhante dos olhos faz do por do sol, mais bonito, para chegar a lua...