26 de fev. de 2011

eu passo dias me perguntando, como foi que tudo aconteceu.
já faz tanto tempo, e ao mesmo tempo foi ontem.
os tempos hoje, são diferentes, e os ventos que sopravam violentos ora destruindo minha sanidade, ora segurando ela, ora ela me segurando.
sinto que cada poesia feita, tantas na madrugada, esperando o sol nascer e o efeito de qualquer cosia que tenha usado passasse.
a poesia em sua essencia, sempre tão sua quanto as marcas no meu corpo.
pensando mais longe, repudio os tolos que, como eu acreditam que estava traçado, tão obvio quanto já deveria ter notado antes.
outro arrependimento que não tenho, afinal o tempo, foi quem escreveu os pontos e vírgulas, onde cada traço de dia foi fundação para tudo que agora está posto.
sinto lhe informar, mas não há voltar atrás, não há porque.
só há eu e você agora, antes, e depois...

24 de fev. de 2011

o gosto
da vontade
da maresia
da fumaça nas pedras
do sorriso dela
contra as ondas
desnorteia o poeta
dentro das suas
próprias brumas
enquanto ela ri
bebada
o poeta com
a mão tremendo
escreve de novo
ah poeta quanto perigo
escondido
em ondas e sorrisos

16 de fev. de 2011

cada loucura
faço, penso
sonho, loucuras
tão reais
quanto poesias
verdadeiras
em guardanapos presos
em paredes de um bar
meus olhos embriagados
cheios de rock 'n rool
e as veias anfetaminadas
fluem o sangue verde
e branco
seus olhos vem de novo
e trazem a tranquilidade
pena que distante
acordo esperando
ter você aqui
e te dar uma flor nova
a cada amanhecer
em troca do teu sorriso
"é engraçado
e irônico
te desejar bons sonhos
e sonhar com você"
é poeta
a luz apagou
junto com tudo que
era aceso e fazia sentido
novamente
te cobre uma teia
de imagens desfocadas
que de longe
aquele sorriso
fazia todo sentido
só na sua cabeça
poeta, louco
como uma droga nova
você nao sabe tratar disso
sem poesia
o sorriso, vai e volta
nas imagens nevoadas
mas sua cabeça a mil
estranho, poeta
logo você
que sempre teve o controle
agora descontrola
nas drogas e novos vicios
culpa da flor
que colheste e nunca tiveste
maldita flor da trombeta
dormindo com perfume
de dama da noite...

15 de fev. de 2011

a fumaça densa
que sai do nariz
queima e escurece
o quarto coberto de
fotos
ele pensa nela
em todos os momentos
mesmo na chuva
ele colhe flores
que lembram ela
o coitado enlouqueceu
e quando a fumaça dissipa
os olhos vermelhos
se voltam de novo para ela
e para as duas flores na garrafa
duas damas da noite
perfumam a viagem
dele dentro dos olhos dela
ela espera por ela
ainda espera te-la por perto...
a inspiração
no canto da boca
enquanto escreve
o poeta pensa nela
que com simples
olhares e sorrisos
encantou e apaixonou
pobre poeta
louco, distante
de toda e qualquer normalidade
ela longe, toma-lhe
a cabeça, distancia-se
ao mesmo ponto que aparece
com os olhos belos
baixos, envergonhada
e forte, encantadora
tão grande seu encanto
que mesmo tanto tempo
guarda o cheiro do perfume
em flores colhidas na chuva
pensando em você,
pobre poeta louco
pobre passível poeta
passional, insconstante
delirante, aos pés
de dama da noite
faz o pedido,
por ela, pela flor
pela loucura que tão real
pode se tornar...loucura
com a cabeça
virada, uma piscina
de ácido se forma
azul, verde e todas
as outras cores
cores de Lotus
cores de Shiva
alucinadamente rindo
das fraquezas
que corrói feito ácido
da piscina
corroendo neurônios
explodindo corações...

13 de fev. de 2011

vamos nos embriagar
debaixo da chuva
enlouquecer a sombra
de todas as nuvens
o calor e a chuva
fazem as damas da noite
aflorecerem
e fazem você parecer presente
que estranho não?!
dois dedos
de conversa, em prosa
e dois dedos
de ácido, uma piscina
de alucinógenos, estranhos
estradas esburacadas
no território dos morcegos
de musica punk
onde eu ainda toco baixo
e grito notas de Hard Core
levemente ácidas
minhas palavras voltam
e volto a ver luzes
sentindo o azedo na boca
de mais uma noite lisergica
a sua procura...
minha cabeça,
corre e quase avoa
neurônios fogem fervem
tanta anfetamina
corroendo os dentes
serrados, apertados
o maxilar dói
os olhos viram
mais uma vez pra traz
outra overdose
numa mesma noite
é muita anfetamina...

12 de fev. de 2011

a dor
de tempo, saudosos
corpos e sentimentos
a pele arrepia
aos ouvidos
de musicas antigas
e sons novos
amor curto e longo
de dois meses a
dois anos
apaixona
sempre

10 de fev. de 2011

novos
ares, em novas tragadas
na garganta, outro gole
desce, queimando
o copo vermelho tinto
contrasta com as mãos verdes
da função dele, de cada dia
dia após o outro
vivendo, voando
em sonhos, musas e flores
em riscos, coloridos em
preto e branco,
novos ares?!
nova tragada...

9 de fev. de 2011

tanta saliva
não acredita. em mim
na poesia, na vontade
estranho falar
distante sonhar
porque a falta de credito
se eu sinto
se eu falo
se eu ainda assim escrevo
pra ti
inspira na duvida
e nos encantamentos basicos
olhos
timidos e lindos
porque ainda escrevo pra ti??
seu sorriso responde...
os brilhos
meigos e certos
diretos e disfarçados
dos olhos
capaz de trincar
o poeta
faze-lo escrever
e se forçar, confessa
confessa os sonhos
vontades, e até sentimentos
aos pequenos olhos
escuros
tímidos, a ponto
de serem encantadores
junto ao sorriso...

8 de fev. de 2011

na memória
do poeta louco
a insanidade, instável
de um sentimento, lento
louco, tão pouco provável
quanto impossível
imprevisível
de onde surge?, pra onde vai?,
ninguém sabe,
só a intensidade da caneta
que rabisca o guardanapo
pode dizer, o quanto
é louco e real...
bares e mais bares
correndo o boêmio
procura alucinado
outro bar aberto
mas, tem que ser aquele
que a caneta caiu
de cima da mesa
furou
escreveu no guardanapo
simples palavras
sentimentos belos
que assustam, aqueles
não tão belos
a sombra, de outra garrafa
na noite, seus olhos falam
pena que ao longe
a verdade,
dorme no guardanapo
na flanela, com teu perfume
de flor branca
a dama da noite,
o seu sorriso, meu deleite....
Eu ando precisando
Sair da nova rotina
Precisando voltar pra cocaína
Voltas e voltas
Sempre círculos
Circuitos
Longos, de dor
Conflitos
Ineternos, em mundos externos
De cada amor, diferente em forma
Igual na intensidade
E perversidade, daqueles que reverenciam.
A beleza, na falta de normalidade
Sua, nossa...

7 de fev. de 2011

cada noite que surge
após cada por do sol
trazendo seu cheiro,
redesenha uma sombra
outra garra, na mesma mesa
destrói, de leve
bem pesado, o pouco que resta
do cérebro, desgastado
palavras de novo ao vento
cada elemento
ao sabor de toda e qualquer maré
o que sinto por você afinal...(?)

6 de fev. de 2011

Sorriso antigo
de menina nova
que dança,
encanta, de cara
de pílulas, fã, fraca
criando mundos
criados, cibernéticos
com sósias digitais
de caras fofas
e sorrisos largos
tímidos
hora encantadores,
hora desafiadores
boas vindas de novo
inspirando, de novo...
a volta
como Fenix
das cinzas
a brasa
queimando, com cores
e novos metais
voltando de leve
pesado
inspirado....