31 de mar. de 2015

O Poeta desliza no chão molhado, deve ter sido o copo que virou enquanto dormia e sonhava. Sonhos nem sempre são uteis pra Ele. Uma tragada funda no cachimbo longo e a fumaça toma conta da sala. Voam aros de fumaça sem direção pro deleite simples do Poeta. Que dia complicado. Nem sempre Ele sabe o que faz e sem querer saber; o que custa caro.
Naturalmente fluido, mas cinco ou seis paginas brotam dentro da maquina de escrever, satisfazendo as sombras e se alinhando com inspiração.

11 de mar. de 2015

O Poeta desperta no susto, a cama não ta vazia e não ha roupas. Um rastro de unha nas costas e um sorriso no rosto daquela que dormia na cama. Ele catou uma bermuda no chão e foi lavar o rosto. Pegou o cachimbo e fumou a observando dormir, sem muita noção do que estava efetivamente acontecendo. Os olhos fogem dele mesmo no espelho e os suspiros arremessam direto pra mesa escrever. Mas antes prepara o café e a deixa dormir, até levar poesia e a caneca quente pro quarto, com o cigarro fino e verde na orelha. Quando desperta, olha a lua cheia da janela e percebe o quão lascado Ele esta.