16 de abr. de 2011

Bossa nova na vitrola, ele deita na cama, na companhia do mais fiel escudeiro branco ou tinto tanto faz a temperatura.
o cigarro verde faz fumaça repousando em cima do parapeito da janela, onde eu vejo desejos suspeitos, de ser perfeita a sintonia, fina e rara.
a erva deixa a sensibilidade ainda maior, dentro de bares sem fim, os banheiros rodam todos iguais, a cara embriagada no espelho é a mesma, que procura saber de ti, mesmo que o aparelho em minhas mãos emudece vindo dela
uma flor rosa, cai d galho de sua árvore, o outono chega e traz com ele o vento frio que pede o carinho de alguém, como quem pede por mais um crime ou mais uma chance de enfrentar o perigo e provar que as vontades são mais inteligentes do que o medo, dos encantos o mais sublime e puro, no sorriso ela ganhou o poeta.

15 de abr. de 2011

Com um "boa noite" ele começa mais um jogo, de descobertas e azar, sorte no jogo novo azar no amor e o perigo de uma derrota quase que eminente frente ao seu orgulho e encanto.
ao perder-se em loucuras fanáticas, de vinho branco e cigarros verdes
a vontade de estar perto faz o pensamento voar, para perto dela, ela que encanta gatos, negros e cinza, deixando os olhos sinceros dele quase criarem lagos rasos de água ouvindo musicas isoladas, que lembram cada momento ainda não vivido, ai as poesias escritas em papel que ainda vai dar pra ela.
ela que não imagina o que se passa, ao ponto que ele sabe, mas teme, o encanto e o perigo, que andam lado a lado esperando encontra-la

13 de abr. de 2011

Quando a tarde começa a cair e o vento soprar vindo de dentro do mangue, ele coloca a camisa de flanela xadrez e senta, encostado na mesma pitangueira e escreve, gasta um grafite quase todo, mas não acaba a inspiração que o o verde na parede o traz
os olhos estão em algum lugar e por mais que seja vago, a certeza do sorriso faz brilhar ainda mais o olho daquele que de longe pensa e implora, pra que o dia passe, junto com a semana.
dias santos que se aproximam, queimam de vontade de viajar para perto, inspirar, sentir, respirar o ar dela.
ter a certeza que tem ao longe, ver o encanto mais perto.
o quanto os olhos dela vão desmonta-lo quase não importa, se perder pose, perdendo meios, sem entender os como chegou ali.
levanta-se do chão debaixo da árvore, come uma pitanga, ao jogar a semente olha o coração colorido junto a espada. e em mais uma olhada para o céu um avião se desenha, e a vontade de fugir e rouba-la aumenta. quem sabe uam viagem longa e louca, dentro dos olhos dela ou pelo mundo real onde ele ainda à espera...
O sol está quente agora, e ele deita debaixo da pitangueira e solta o pouco da fumaça que ainda resta no pulmão. Ele observa a parede que acabou de pintar, o coração feito em verde, ao lado do naipe de espadas preto, igual ao que traz tatuado na perna.
o céu continua azul, estranhamente azul, mais profundo, ou seriam os seus olhos que começam a arder, o coração disparado, se põem na batida da musica.
um beija flor passa e brinca de fazer rasantes, em cima dos olhos atentos dele
quando toca Nando, ele se assusta com a loucura perigosa de seus pensamentos, a mão treme e queima o dedo que ainda segurava a ponta.
a brisa se outono traz a leveza do toque, com a vontade da seda das mãos dela. o pensamento foge de novo e leva até ela.
Ele se mexe de novo e levanta do papelão que usava pra não sujar a roupa. a camiseta preta com Sid estampado, traz nos olhos a loucura branca de neblina escura, misturado ao verde das árvores
Ela volta e vai, conforme a natureza dos detalhes na cabeça dele se moldam como quem constrói um personagem, existente em pensamentos e sonhos, que não enganam, só agitam, sabendo que além da curiosidade existe perigo real, da grandeza que pode tomar, um simples toque naquela que anuncia a primavera, do sol nascente. Cerejeiras se enfeitam em pensamentos psicodélicos.
como as vontades e medos se confundem em meio a certezas tolas e perigos, traçados desde que o sorriso lhe cortou a frente, cortou o soro do sono, acordou para uma nova pira, tanto acordado quanto dormindo, ela só o faz sorrir...
Ele passa os dias olhado para o céu azul, o sol tapado com nuvens de fumaça, grandes rolos cinzas. verde se torna preto.
tinta spray verde, o lenço no pescoço tampa a boca e o nariz, desenhos loucos de corações verdes e traços riscados.
a bobeira de uma poesia escrita pra musa no muro da base onde se sente bem, aquele pico onde escreve de mente aberta, com canetas trêmula de sensações novas e perigosas, inspirado em poesias musicadas britânicas.
a grama verde realça a cor do céu , está tão claro que a cabeça gira gira e gira, em rodas gigantes dentro do estômago, ela o faz sentir.
sentimento? perigo, é uma boa definição pra ela: perigo
um perigo que faz bem, um perigo que traz sorrisos enormes, e arrepia ao longe, ela traz cor, traz brilho traz esperança, de acordar com sorrisos e ver que não são Mais, sonhos
afinal, desde que seja verdadeiro, tanto medo quanto o perigo, viver de poesia e sonho nao mata ninguem

10 de abr. de 2011

corre, sem calma o poeta, pra casa, esvazia a gaveta, desmancha a cama vira o guarda roupas, derruba as caixas da estante.
vai pra janela e olha a lua sorrindo como gato, e um arrepio passa-lhe pela espinha, ao pensar no brilho dos olhos que estão longe agora, mas em meio a neblina as distancias parecem diminuir.
o conhecido medo do desconhecido, vem no vento pela janela e traz uma flor branca com miolo amarelo. os olhos quase cerrados se fecham mais com o frio e o vento, a vontade bate, ele deita olha pro teto que se retorce e derrete em relógios tortos e tatuagens desfiguradas.
a solidão da lâmpada no teto e os olhos dela voltam a mente, o que se pode imaginar, ele pergunta pro céus
a mente se contorce e se controla em um futuro incerto, feliz...

9 de abr. de 2011

as estrelas se mexem no céu, apostam corridas na minha mente acelerada, que quando freia derrete. enquanto nuvens são esculpidas pelo vento, enquanto pensamentos correm nas cristas transparente das ondas quebrando em espumas brancas que fazem o nariz coçar.
as estrelas mudam de lado e o sorriso muda de lado e girado sai da mente e o brilho ofusca os olhos entreabertos virando de lado e esperando o sol nascer, só pra dar bom dia e esperar ver seu sorriso...