23 de jan. de 2015

O Poeta se mistura na massa e observa as ruas escuras do centro. A noite é encantadora e inspiradora para Ele. Visceral e exagerado, observa a todos e anota num bloco pardo de anotações no bolso da bermuda larga. Outro batuque chama atenção e coloca num transe entre inspiração e paixão; tentando fugir pra escrever. Fugiu pra dentro da mente e saiu com muitos versos. Jogou tudo dentro do caderno e acendeu um cigarro fino e verde. Deu três ou quatro tragadas e foi andando, tantas ruas e tantos personagens. O frio faz voltar a atenção aos pés gelados e ao café que já esfriou na caneca. O Poeta anda com a cabeça na lua ou dentro de um copo e até e uns decotes. O coração Dele foi mordido dentro do mar, na barra da saia rodada. O platonismo O pegou de jeito, e jogou em cima da maquina de escrever; de onde observa dentro da mente textos a decorar e pouca roupa cobrindo a pele escura.

6 de jan. de 2015

Dias e dias o Poeta não sai de dentro da mente, espancando a maquina de escrever. Ainda com alguns flashs das ultimas noites Ele purifica a alma na lagoa. Fio de contas a postos e orações no mar. A inspiração não falta mais, nem as palavras.
Os dias acordam felizes, principalmente aqueles que ele ainda nem dormiu.
O Poeta faz outro bule de café e enche o cachimbo e volta pra maquina de escrever a beira da janela. A casa incrivelmente, se mantém limpa junto com a mente e o peito. O Poeta está pleno. 

2 de jan. de 2015

O ano vai acabando e o Poeta faz fumaça e procura branco pra vestir. O fim do ano veio com o fim de tudo, pelo menos tudo que lhe foi caro porém era frágil. Poem a vida na mochila e sai. Os dedos ágeis escrevem uma poesia enquanto fuma um cigarro no ponto de ônibus. A mente corre solta. Dentro da mochila um arsenal contra a sanidade. O banho de descarrego foi antes da meia noite. Lavou a alma e o corpo. Depois do segundo minutos dentro d'agua foi com pedidos e rezas. O Poeta sentiu o peso sair das costas e do peito. O Poeta esta livre de novo.