26 de ago. de 2010

dorme com esse barulho
Cazuza e Frejat tão fazendo uma festa
Bebel Gilberto e seu pai ja chegaram
a festa ta bombando,
o caetano e o gil chegaram
declamaram e cantaram
e o chico enlouqueceu
o ratos de porão apareceu
e o ponto de equilibro botou um
e todos se juntaram na mente
e a fumaça saiu do meu pulmão
e penso
ninguém ainda conseguiu traduzir sua beleza...
não vou deitar
e chorar ouvindo los hermanos
corro, calmo, atrás de nós
em Chico e Elis
você, flor de liz
vem fazer minha primavera
depois do inverno
corro, esperto,te conheci
encantei, com teu olhar
sorriso calmo, tímido
corando com as besteiras,
te devoro, como djavan
levando um pequeno pedaço do meu coração
de janis joplin
em nosso altar particular,
perdemos a sanidade
vamos nos entregar a demência
parabéns
encantasse a parte louca da minha sanidade
e a parte sã da minha demência...
meus olhos espelham a minha alma
lisergica
louca e lenta
tão sóbria quanto um irlandês
te vejo, do nada
entre tanta gente chata
faz sentido procurar alguém e ver
apenas pra ter
um sorriso,
quase rosada
ouvindo sua mpb,
pensando em ti
debaixo da laranjeira
quero teus olhos por perto...
a lua se esconde atrás
da fumaça branca
saindo dos meus dedos
malditos gnomos
e você querido coelho
como me apronta denovo
só para me chatear
ou para me mostrar
que rosas brotam onde menos
se espera
e o desenho é na minha pele
ao teu tom de pele
rosado
quantas coisas podem nos dizer
essas rosas...
me descrevo agora
vendo a lua na escuridão
tenho teu nome na cabeça
com elis na vitrola
ela me lembra você
mpb, livre
de olhos lindos
e sorriso farto
rosada, tão linda
que inspira, a lua
e faz o sol cair devagar
limpa o céu
e faz resplandecer um novo dia
assim como ontem
hoje queria te ver
sera que você desconfia que é pra você?
na noia
rosada
alegre
e triste
a princesa
andante
distante de mim
aquela
brasileira
essencia
de cravo e canela
nao do amado
mas da minha
gabriela
rosa
roxa...

25 de ago. de 2010

onde estamos
tudo mudou,
ora tudo tão diferente
tão igual ao que sempre fui
quis, não ser, sob a laranjeira
acho sonhos vivos
caio em realidades tão legais
e virtuais
quanto a realidade careta de todos
os que ainda me perseguem
tão rasa a sua realidade que não tens nome
tens no anonimato, realidade cruel
tua, tão sua quanto as razões
tão sem emoções, quanto aquele velho
embriagado, sistema podre
esperando por dias melhores, a custa de qualquer coisa
tente, um dia conseguirás
ainda não
ainda te piro na ira da minha demência...
tão limpo do veneno
que te corrói
aos poucos, me deixo ir
pelo ralo, pelo vaso, pela terra
mais uma ponta quebrada
jogada
abandonada esperando o ponto
de ser salva
ao cair nos braços de jah
eu vejo a vida
espero para dormir
daqui a uns dias
quando não doer
quando pisar em espinhos
se tornem flores
assim como aquela que esmagaste
no meu coração,
e no teu,
só quero plantar uma flor
de liz, pra te ver sorrir
todos os dias
e dar-te
bom dia, flor do dia!
violento, apaixonado
tanto quanto um rabo de foguete
que pira e passa
num piscar de olhos
um amor inacabado, tão acabado, que não tem fim
louco, bêbado, rouco tão impossível
e passional, tão acidental,
tão terrível e contraditório, te odeio
por quase um segundo,
mas não durmo separado de ti, nem uma noite
sinto você ouço mpb
quero tua presença
você nega em sua decência,
vem, por favor, se entregue a minha demência

24 de ago. de 2010

tão duvidosa de sua beleza
rosa vermelha
ja feita
tão brilhante
quanto brinco de pérolas
de rosas
de pétalas
tão vermelhas
rosadas, como tua face
incapaz de entender
como ser inspiração...
que bonito, por do sol, rosa, colorido, tão laranja quanto os cabelos,
tatuados, tão lindas paisagens poluídas
que faz mal, mas melhora
natureza mais rosa, mais linda
poesia suja
de vidas imundas junkies,
tão drogado quanto quanto meu sorriso
emblemas e dilemas
maldito coelho branco
malditos olhos apaixonantes
tão calmos e longe,
que não irão reparar nas palavras do poeta
e apenas sorri, e que lindo sorriso...

18 de ago. de 2010

desabafo, sob a laranjeira...

o querer e o poder se entrelaçam em laços perigosos
riscos que nem sempre corro, tão descarado, e tao mascarado, onde você esteve noite passada?
com quem dormiu?
não me garanto, se você não garante
sou solitário, mesmo acompanhado, minha mente avoada
prefiro assim, quanto mias foco, mais paranóia
mas loucura desnecessária, ah mas prove
prove desta minha loucura
ensacada triturada, moída, virada em nada
que se faz meu tudo
preenche a minha cabeça
faz a minha mente
e assim sigo seguindo
nem herói nem vilão
só mais um poeta perdido
em seus devaneios céticos
não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem!
e o amor?
lúdico, brinquedo maldito
fantoche colorido daquele que não existe
existe e me enlouquece
transforma toda a dor em mais dor
multiplica a paranóia
soma a prisão
maldito amor
maldita vontade de liberdade, amor
amor, me traz ódio,
e que mal faz esse ódio venenoso à minha lucidez
odeio a lucidez forçada do olhar
odeio a forma de agir, odeio, ter que odiar
meu jeito de viver, me liberta
me quebra
maldito lifestyle,
maldita sanidade que força a pensar assim
malditos sejam, todos vocês normais caretas
que me forçam ser careta por minutos
malditos olhos que me fazem cair de novo
platônico ou não
poeta patético
apaixonado, será que você sabe?

16 de ago. de 2010

sou um mentiroso
sou um vândalo, punk hard core
sobrevivo do sangue junkie que corre em mim,
tão tomado das minhas drogas
que as alucinações são Freqüentes
e a dependência cresce a medida que sinto
sinto cada dia mais
o medo já não me acompanha
acompanha a vontade de enlouquecer de vez
mas sem perder o prumo
nem o rumo
queria te ver acordando
quero ver seus olhos brilharem de manhã
na nossa loucura de viver
sentir e morrer
se odiar e acordar um nos braços do outro
só por teimosia, pra não usar aquela palavra...
não sei mais mentir pra você,
mentira ou não, esse é o jeito
nos embrenhamos em algo tão complicado
que ficou lindo
e simples
simples resposta, complicada a pergunta
o que fazer?
senão sorrir e se drogar mais?
nos afundamos nas mentiras mais sinceras
e nas sinceridades mais mentirosas
a nossa dualidade não acaba em
ódio e ...ódio
temos palavras proibidas
temos loucuras insanamente livres
tão livres quanto nossas pernas trançadas
prendendo um ao outro...
peço uma overdose, de novo, da nossa droga, misturado ao nosso suor
tão tenso quanto intenso, uma semana, um ano e meio, tanto faz
(tão intenso)

quero mais uma dose, pra ver se tenho sorte, e tenha mais uma overdose de você
pra acordar de novo depois e te dar bom dia e beijar suas costas
com vontade de viver mais, pra enlouquecer ainda mais, na loucura
da nossa droga, de sanidade, na sinceridade, mas que droga
que vicia, que droga, mais alucinante, viver assim
na vontade de te ter, e na esperança de te ver
amanhã de manha de novo, pra te dar bom dia
e cair na gargalhada, de novo
outra overdose, ou não?
você dormiu no meu ombro de novo...
que dança estranha essa nossa
que vontade sinistra, tão estranho quanto pensar nela
tão sinistro que mesmo longe pensa igual
e junto mais ainda
me ganha com um sorriso, faço corar só por diversão
nessa nova brincadeira de ser sincero
descobre-se um mundo novo, onde palavras
são proibidas, paixão é loucura
não aceitável e normal
tão normal que nos acostumamos
é engraçado saber da nossa sinceridade
odiamos, não odiar, odiamos porque proibimos outras
palavras
que ao poeta, tu fizeste faltar

14 de ago. de 2010

sempre foram inflamáveis
os olhares de longe, tão quentes
como os beijos e os desejos confesso
cada dia queimando, por um deles
tão perfeitos, quanto as tardes planejadas
calor ou não, temos um ao outro
na cama, o lençol te cobre
nua
e nossos corpos ardem febris
vermelhos, envergonhados, sem graça, tão inexperientes
em se apaixonar...
a culpa é de quem?
de quem quer ter, que quem ter sentir
eu sinto, sinto muito, e esse sentir é físico
pele louco essa nossa, evidente
evidencia, do crime nada perfeito de sentir
vontade de noites inteiras, sentir muito não ter sentido
antes, era sentir químico tão puro, que era pura química, raios e energia
mas só, o problema foi o nó
que deu, quando energia mistura com química física
explode tentando acabar com tudo, se começa a loucura
que nó que você me deu
sentiu também, mas odiou mentindo pra si mesma
como sente e mente a olho nú
tão nú, artístico, nas palavras
do poeta que sente por ti...

13 de ago. de 2010

como você mudou assim
seu cabelo, e seus olhos
como pode transformar a cor da tua pele
em vermelho
como fica bonita, tímida
tem no sorriso a inocencia, da brincadeira
é verde, menina, mulher
tao branca, quanto neve
me encanta, sem saber...

12 de ago. de 2010

Vênus de Milo
de millor de poetas loucos
de loucuras beirando a poesia
cantos de mãe d'agua
cabelos de sereia
musa na água
na tela, musa renascentista
teus olhos estão pintados
no teto a igreja
e sua foto pregada
(nua)
nos meus sonhos
és musa fria do gelo
e quente, como palavra proibida
é tão proibido
que quase não "posso" sentir
mas sinto
sou livre,
aí, é que me prendo...

10 de ago. de 2010

a palavra vem e vai
trazendo o vento
morrendo e correndo afoito
as palavras me vem felizes e sofridas
com vontade, amor, e paixão
sabe-se lá o que a ressaca vai dizer
mas, garanto que a vontade de acordar
e te dar bom dia foi grande
só pra provar que eu estava certo
isso é perigoso
sinceramente?
não sei de mais nada
minha cabeça deu um nó...
vou dormir,
procurando teu corpo
quero teu calor
quero teu amor
quero palavras de ódio
de novo
vou dormir esperando sonhar
contigo de novo
só pra tentar fazer você
se apaixonar...
teus olhos me dão vontade
do teu corpo
quanto tempo não te digo
o quão linda és
tantas cores no verde do mar
nos olhos, espelhos d'agua
espelhos da alma, profunda e leve
limpa,pura,linda
dorme bem
meu (?) anjo
que teus sonhos sejam lindos
como os que tenho contigo
sabemos o que estamos
mas não diremos, nem sob tortura
a não ser por alguma dose de alguma coisa...
você pode me explicar como perder a razão?
respondo sim, sei
bastam bem poucos ingredientes, e sua razão, sua sanidade
todos te dirão adeus, em poucos meses, apenas acompanhe
junte alguns dos ingredientes mais picantes, como em obras literárias ou em filmes
cenas descritas enquanto vividas
sem vergonha, sem pudor, sem amor
(pelo menos era para ser)
sem tudo, tem nada, sua santidade, a prova
contra a minha libido
suas roupas, contra a minha força
e a nossa vontade
a ponto de minha camisa ser refém das tuas unhas
afiadas como navalhas
certeiras e pontuais
donas de desejos e de amores
quem sabe
quem disse que não pode
somos o que queremos
e a vida nos apronta
é bem feito
afinal, bom presente a vida me deu
você...

9 de ago. de 2010

sabe o que eu quero de ti?
o que eu quero é sonho
mas eu sonho, é meloso e clichê, mas eu já pensei
e ai vai uma das minhas melhores viajens contigo...

quero de ti, flor do campo colhida na praia, te quero acordando do meu lado e dando bom dia, quero te trazer café e um fino, pra acordar bem, depois ir pra praia, levar o cachorro e o pequeno, brincar nas areias brancas das índias de terras latinas
voltamos pro seu almoço, mãos de fada, te ajudo, te beijo te amo, te vivo, curtindo, a tarde de preguiça, gelando com uma gelada, rindo do nada, ouvindo musica, comigo brincando eu avisei, noite cai, vamos pra praia,
tomamos banhos de mar com as estrelas, passeamos com os cometas, voltamos na sombra da lua, você tem sua luz, ilumina a lua e o meu caminho, quero de você carinho aberto, quero nossos braços abertos, sentindo que nos sentimos cada vez que nos tocamos, sim eu me assusto ao ver seu rosto, mas logo penso, i told you so...
tu faz a minha loucura
parecer realidade
teus olhos quentes
derretem meus sentidos no suor
das nossas almas
quentes, que diziam frias, espiritos calmos
como sorrisos viram lagrimas
que deixam seu rosto salgado
mesmo assim lindo
marcado pela lagrima
querendo ser, sendo
(minha)
maior vontade
so passo longe de você
tão perto que desnorteia
farol da praia
areia branca...
grito, nos sonhos
devaneios entre você e o mar
jogo a rede, querendo não vir nada
vem ainda um peixe, vem ainda o mar
flores que joguei pra jah
só pra te ter
e dar o colar pra ti
que desci buscar pra você
é branco e lindo
verde do fundo do mar
meu presente pra ti
querendo me jogar nos cabelos de iemanjá
largados no mar
em noite de sexta feira 13
você é meu talismã
jogo mais uma flor com teu nome
pro nó desfazer...
corre a calma
afobada, procurando fruta fresca
e agua de coco,
o encanto que tu me traz
é só teu, de musica
de MPB
de ritmo em salsa
que ferve, nas provocações
que pele maldita
que maldição essa vida
que delicia, morrer aos poucos
envenenado nos lábios da nossa liberdade
é aquele som do chico
que da vontade de ouvir mais
sem maldade,
so na malícia de querer
so querendo, sem nem malícia
apenas, querendo você...
parece que a nossa cabeça deu um nó,
nos perdemos, em silêncio, e em voz alta
no breu da noite
nos grudamos, em tapas e arranhões, e mordidas vorazes,
querendo a alma, senão um pedaço do coração, qualquer
nem que seja a qualquer custo
sem jogos apenas um nó desatado, morto quase pela vontade
com um coração, com a mente na mão
mais uma droga, para experimentar de novo
o calor alucinante do teu beijo
quente,
lonje da frieza que desprezamos amando
nos amando, um dia em uma trip
ou na vida, quem garante que não?
a cara de menina
que se faz flor
revoada de pássaro
índia de lábios de mel
mel, doce
mas com ferrão
que fere, que arranha
que domina com o olhar
que bela flor
que lindos olhos
sem escudos
espelhos da alma marejada
de saudade da cama
do ombro
da paixão quente velada
com nome de musica
com corpo quente de verão
sinto falta
de você
sem saber porque,
apenas sentindo e sentindo...
cada suspiro
alivia a tensão
aumenta o desespero,
trancado a sete chaves,
maldito segredo
que quero ter guardado
pra mim
ora do teu lado
ora pela suas costas
eu te quero
eu desejo,
eu preciso
vejo teus olhos vermelhos
tão verdes
quanto o mar
mais um dia sem clichês
apenas querendo não temer
um dia sentindo
pra gente ver como
não entendemos
nos perdemos
sem nossos abraços
que vontade de dormir
contigo no meu ombro
so pra te dar bom dia
e ver a sua cara dizendo:
- de novo? que bom...bom dia!
o jogo esquenta a medida que a noite cai
o chão treme a vontade bate, e como
faz bater, faz dar tiros, e ter overdoses
tenho medo do meu conhecimento, sendo que quero conhecer
ter a sua energia, pra conhecer a fundo a nossa sinestesia
quero a nossa sinceridade,não rancorosa
quero verdade, acima de loucura
quero que a loucura seja nossa verdade
no doce escuro de uma conversa anônima
me deixo vulnerável ao estranho
me sinto tão próximo, que um ano e meio
nos distanciou e aproximou tanto
hoje tão perto de mim,
que sinto sua respiração quando dormimos
querendo, não acordar,
não querendo ter que levantar, pra não ter que viver um amanhã
de uma noite que não precisava ter acabado,
mas o feliz, é ir embora,
ouvindo um blues, sossegado, pela sinceridade velada
nos nossos olhares, trocados com ódio,
talvez pela ultima vez,
mas cuidado com o ódio, e os olhares
eles se comem de ódio
e sobra-se la o que
para um dia, acordarmos e decidirmos, saber o que é...

8 de ago. de 2010

esta manchado,
de vinho, de branco, de verde
esta tudo manchado o papel colorido
o dinheiro resolvido e rasgado, rasgado no amor que não houve
o rancor que se cria
odeio este rancor, assim como odeio quem o criou
garçom, mais uma over por favor...

6 de ago. de 2010

me inspira
na malícia do teus dedos
das tuas unhas nas minhas costas
na vontade que eu fico
na vibe que você me traz
branca e leve
suave, macia
lisa, ao ponto de escorregar
não querendo dormir
só pra te ouvir falar
todos os assuntos,
pra ouvir tua voz...

5 de ago. de 2010

você é mortal, viva como eu
tão viva e simples quanto correr na grama
como brincadeira de criança, sem maldade
com malícia menina moça
com medinho de menina pequena
com a boca amargando
amargo é o sabor do jogo
derrota só existe na tristeza
a felicidade é nossa
porque queremos,
somos e acontecemos, ninguém domina
difícil de segurar, ruim ter que controlar
um querer tão quente e vivo
que nos esquenta sem nada
nosso calor
nos mantem vivos
nos mantem juntos
nós brincamos em sonhos
nós somos o tempo,
presente passado e futuro no papel
na ponta da caneta
minha musa
de dias acordados em meus ombros...
"se vc olhar
para o céu
e encontrar-se azul
tira o véu
deite no chao
ria
cante
beba
espere o ceu azul
tornar-se amanha
levante-se
grite
feliz, a pequena
deita e dorme
pequena feliz"
(2009)

4 de ago. de 2010

és um pote de veneno
perigoso
pequeno e fatal
corpo branco e fino
brilhante como as mil estrelas
que bailam nele
nesse nosso mundo de fadas
trancados dentro de uma garrafa
tapados de fumaça, deixa tua cabeça
no meu ombro ou onde a brisa levar
pra perto ou pra longe
corre calma em minha direção
deixa a lua levar e o sol nos trazer
a brisa vem quente
e deixa nos quentes
teu corpo e o meu se completam
nossas mentes voam juntas
pra onde não importa...
a grama era verde, nossa casa de cerca branca
vizinhos e churrasquinho de domingo
ela fugiu, foi viver em cantos inóspitos,
onde é frio e neva,
depois tanto se jogar na neve
logo fugiu de novo, foi aos trópicos,
ficou Ben...
uns tempos depois, viajou o mundo
só pra fazer inveja,
viajou meus sonhos,
teve meus pesadelos
teve cada alucinação minha
maldito coelho branco,
lobo fantasiado de ovelha
anjo e demônio
de anjo só o rosto
balança cabeça
muda sentença
e quando ela volta,
estou no mesmo lugar de onde ela me deixou
largado no sofá,
de alguma forma embriagado
maldita seja, você que foge de mim toda noite
em meus sonhos
maldita seja você
maldita sanidade...

2 de ago. de 2010

bom dia, manhã gelada
o calor dos teus braços e abraços
me deixa quente até sair dos sonhos
de devaneios de não saber como aconteceu
aconteceu, desse jeito
que nem eu nem a neve caindo la fora
explica,
aquele veneno, tão químico, que exala de dentro de nós,
pedindo, morrendo, gritando a vontade, sem se importar se vai ouvir
dentro dos nossos sonhos
o nosso mundo é perfeito...

1 de ago. de 2010

me mata a vontade
no meu copo de vinho doce
o doce que eu despejo depois
nos teus lábios como fumaça
pesada, leve e doce
como é doce a agua
e o perfume nas marcas que te deixo
vermelha de vergonha
na mordida que dei
me mata de vontade em convites
em ideias
as vezes me mata sé de pensar
me mata de vontade livre
o que eu quero,
deixando livre, volta,
se eu voltar, será que o que eu quero
vem?
a gente se mete em brincadeiras cada dia mais perigosas
e divertidas
com mais tensão e apreço cada dia mais suspiros
e vontade, cada dia mais desejo
te mato com palavras, voce me mata de vontade, lembro da tua voz
você me vem, branca como neve
se joga no meu mundo verde do jeito certo,
me prendendo na sua liberdade, me libertando de qualquer prisão,
adoro o fato de ser livre,
amarrado em liberdade,
esperando a próxima noite passar pra testar minha resistencia
ao teu sorriso...
quero um mundo livre, com dias compridos
e noites que não acabam
quero queimar a ponta e deixa-la vermelha
aponto de me queimar com o calor das suas costas
deixando minha cabeça confusa
com aquele sorriso, que descobri depois de tanto tempo
em poucas horas
admito
surpresas são boas
bebo outro gole
quero mudar o tamanho e a forma do mundo
do meu mundo na sua mente
da minha vontade nos teus braços
que vontade de ter esquecido alguma coisa na tua casa
pra voltar buscar
vontade de voltar
vontade de ficar
atrás disso, o que vem?
vem o sono e a lisergia
vem a alegria, tua pele branca
e a vontade da nossa pele
teu arrepio, meu suspiro começa nas suas unhas
termina nos nossos lábios
ah! a loucura doce dos nossos labios
em paraísos suspeitos e baixos
tao baixos quanto a viagem ao submundo
tão bom quanto sua sala quentinha sob o seu cobertor...
o vinho vem quente
sem gelo, perdido e aquecido, dentro do teu abraço
me perco em vontades e desejos
numa brincadeira perigosa
num jogo de diversão e desejo
as brincadeiras bebadas e marcadas
junto com a alucinação do tempo
a loucura nos bate a porta de um jeito
que só eu e você, no sofá com aquele
que nos une
ah! a nossa liberdade
o céu ameaça cair la fora
a minha cabeça aqui dentro ferve
sonha e viaja, dentro da própria essência
me perco da chuva e caio na neve, branca e lisa
rápida)
a neve cobre, quente, o corpo
em um sonho, tão real que a noite não terminou
porque o dia demorou passar
e quando acabou deu vontade
meu copo cheio
precisava de gelo, quis abrir a porta e ir busca neve...