31 de dez. de 2010

o corpo funde
a pele gruda
é cortada por unhas
infestada de suor,
e sangue pingado
gritado e gemido
ao som estranhos
da musica do movimento
do atrito
do teu corpo
no meu,
faz paixão ferver
faz o corpo suar
só por capricho
pra você aproveitar...
o desejo da carne
frita os sentidos
balança o (des) equilibrio
do amor
apaixonante, sem forma
fixa, de cheiro
molde de beijo
na loucura da cama
grita, geme, ama
ama com os olhos
ama com o sorriso
calmo, lúcido, louco
pedindo amor
clamando calor
entre a pele e o choque
é enérgico
quente, salgado,
sem vontade nenhuma de largar
sem parar, só cada dia recomeçar...

30 de dez. de 2010

"cada chuva
que cai, traz teu cheiro
me da vontade
de voce, do teu cheiro
falta o teu perfume
a saudade vem sorrateira
nao se apresenta
se ausenta e pede mais
e corroi
ao tempo que deixa tolo
bobo, quase deixando escapar
definiçoes de sentimentos
sem medo de sentir
sem medos
de tempos que se moldam
apenas pra gente, sentir..."

21 de dez. de 2010

eu quero,
casa, branca
branca de neve,
branca pintada,
quero jardim verde
de grama baixa
e quintal escondido
quero sonhar,
mais sonhos loucos
de anjos novos
e velhos
quero ver planetas
e sentir cheiros
meus cheiros de terra
os teus de mar
cheiro de mato
verde e vermelho
do nossos olhos
que queimam
junto a pele química
você, meu veneno viciante
sem antídoto
sem volta,
só a ida aos céus
das almas juntas
largando os corpos perdidos
em suor
pecado
e amor

14 de dez. de 2010

a overdose
nova, costumeira
quase toma conta
do corpo abandonado
pela mente
largado na praia
coberto
salgado, estragado
a água perigosa
lava a alma
ameaça o corpo
respeita o místico
de espírito livre
brincando na linha tênue
beira do abismo
de absinto doce
e vinho tinto
coberto de amor
dela e meu
com sol rosa e laranja
como quebra cabeças
que encontram a peça
na paz e amor
nos braços de jah
nas mãos de shiva
e no teu abraço...
Basta o ímpeto
louco, rouco
do poeta
para a contagem
regressiva começa
de leve
ao ápice em minutos
que são horas
derretidas em relógios
de Dali
a sanidade nos abandona
a loucura nos brinda
com luzes no céu
e brilhos no olhar
doce
da realeza
do nosso planeta.

9 de dez. de 2010

da-se a solução
diluída em vodka
e suco de laranja
da-se a solução branca
de neve solta
de loucuras rotas
e rasgadas roupas
a ti
inspiração fatidica
imploro a cor dos olhos
ao fogo da pele
ao tremor das mãos
o que tiver que
ser
será!?

8 de dez. de 2010

cheios de frases
feitas e ocorridas
faladas juntas e marcadas
com tempo bom
em musica de chico
e a chuva, depois do samba
antigo e limpo
de olhos claros
de verde inteso brilhante
se fundindo ao vermelho
quase branco do
poeta que sou
o guerreiro preso
em fios de cabelo
e borrifos de perfume
de flor branca
de carinho, em veias
por dentro e por fora
faz correr o sangue
faz a frase mudar
faz o transe pensar
é realidade em pira
é nome na areia
é voz no ouvido
abraço tímido
promessas no ouvido
sustos e noticias
encantos impossíveis de tirar
ao passar do tempo, distorcido
teus olhos não param
de dar idéias, de vontade
e de saudade...

7 de dez. de 2010

o por do sol queima o céu
e as pele se tocam, queimando
a mão passeia
despretensiosa, perigosa
tanto quanto os olhos
que faz sonhar e pirar
vira viagem, vira sentido
tão sentido em sorrisos
e no tempo
o clima é nosso
quando a chuva vem trazer saudade
do toque, cinco minutos atrás
o coração pára
só pra te ouvir falar
sorriso facil
carinho doce
tão doce somos
nosso mundo próprio

6 de dez. de 2010

mesmo longe
com a cabeça
e o corpo
somos parecidos
estou perto
imaginando seu sorriso
querendo teu corpo
pra esquentar o meu
quando eu sair da agua

5 de dez. de 2010

é insano
esse mundo paralelo
essa via de mão dupla
é maluco o dia que vejo
e ainda sinto
cinco minutos depois
você foi
e eu sinto
a loucura é doce
e viciante
tão quanto
qualquer droga minha
que perigo de loucura
que loucura doce
que perigo delicioso...
inspiração, trazida no vento
que traz chuva
o vento quente
que traz teu perfume
de flor branca
de loucura vermelha
mundos azuis e verdes
distintos e próximos
a loucura de cada
dois que se tocam
constroem e crescem
só não vão a lua
não juntos, o morro é
alto demais
mas, alto por alto
é o perigo dos teus olhos
brilhando
a calma da hora
deixa a pele quente
os olhos ardem
com o calor do corpo
arde com calafrios
arde nas idéias e nas
vontades
novas e estranhas
nos clichês postos
e vistos
confundindo sentidos
e os olhos
verdes
nos meus
sempre vermelhos
caídos envolvidos
sem um sentido visto
apenas sentindo
a chuva vem de novo
cai e me da vontade
de ter idéias loucas
olhando nos olhos
ver certezas tão incertas
dentro de um tempo
que se contorce
ao nosso bel prazer
o toque é forte
ao tempo que a pele
queima uma a outra
arrepiando a nuca
constrangendo os olhos
exibindo sorrisos
e libido
o risco
corrido e suado
vale o jogo
de quem é maior
e a juventude
cresce e desce
faz do dia noite
e da noite dia
cedo
apostas
mescladas de branco
e verde
torradas com isqueiro
e molhadas na cerveja
que apaga o cigarro velho
e depois o que resta
é a bagunça la fora
e a tranquilidade de dentro
que faz clara a noite
e ilumina a vida
nos bueiros que saímos
sempre há saudosas
e antigas pira
guardadas em fotos
da lembraça
em meio a nuvens
cinza esverdeadas
a sinceridade neva
em meio a riscos
brancos e brandos
poéticamente abalados
corações aladas
em asas quebradas
em loucuras abafadas
pílulas coloridas
de branco e azul
o amarelado
na mão verde
quão vermelho
estão teus olhos
mareados de fumaça
ardendo de encanto
morrendo de tédio
se fragmentando em vinte
mil partes em cacos
mil anjos
mil demônios
amores quebrados
no café da manhã...