29 de mai. de 2011

(mais uma vez, continuo...)

Levado em rolos de fumaça, enrolado ébrio de amor em redes de pesca, o poeta cai em sua armadilha de fios e palavras, de fino trato e alucinado, perdido na vastidão dos olhos verdes que são espelhos no céu.
em ruas vazias o poeta embriagado a tempos gritava seu nome, sentindo que ama, sentindo o salgado escorrendo no rosto e tocando os lábios, como ele queria que fosse a musa o tocasse assim, sem luxúria, com carinho, ceder ao toque sem maldade, ele implora às estrelas que tragam ela além das lembranças.
decisão tomada ao pé do ouvido, ela arrepia a ponto do poeta notar, ele se derrete e se entrega derretido aos pés da musa, agora dele.
tão dele, que as poesias não fariam nenhum sentido, sem ela.
estranho, poeta, o salgado volta a boca... mas no gosto salgado do beijo, do suor, das lagrimas de amor, consumado nos lençóis feitos de nuvem, só para o bel prazer do amor do poeta e de sua musa...

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