16 de abr. de 2011

Bossa nova na vitrola, ele deita na cama, na companhia do mais fiel escudeiro branco ou tinto tanto faz a temperatura.
o cigarro verde faz fumaça repousando em cima do parapeito da janela, onde eu vejo desejos suspeitos, de ser perfeita a sintonia, fina e rara.
a erva deixa a sensibilidade ainda maior, dentro de bares sem fim, os banheiros rodam todos iguais, a cara embriagada no espelho é a mesma, que procura saber de ti, mesmo que o aparelho em minhas mãos emudece vindo dela
uma flor rosa, cai d galho de sua árvore, o outono chega e traz com ele o vento frio que pede o carinho de alguém, como quem pede por mais um crime ou mais uma chance de enfrentar o perigo e provar que as vontades são mais inteligentes do que o medo, dos encantos o mais sublime e puro, no sorriso ela ganhou o poeta.

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