10 de abr. de 2011

corre, sem calma o poeta, pra casa, esvazia a gaveta, desmancha a cama vira o guarda roupas, derruba as caixas da estante.
vai pra janela e olha a lua sorrindo como gato, e um arrepio passa-lhe pela espinha, ao pensar no brilho dos olhos que estão longe agora, mas em meio a neblina as distancias parecem diminuir.
o conhecido medo do desconhecido, vem no vento pela janela e traz uma flor branca com miolo amarelo. os olhos quase cerrados se fecham mais com o frio e o vento, a vontade bate, ele deita olha pro teto que se retorce e derrete em relógios tortos e tatuagens desfiguradas.
a solidão da lâmpada no teto e os olhos dela voltam a mente, o que se pode imaginar, ele pergunta pro céus
a mente se contorce e se controla em um futuro incerto, feliz...

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