A madrugada foi movimentada na mente do Poeta, mas estava tranquilo. O sonho se repetia ha algumas noites e no meio de uma alucinação ou outra. Mergulhado em um mundo de cores, depois de momentos pesados e viagens (quase) sem volta àquele mundo ali na esquina com os alpes. Salvo vez ou outra por um gole de café no ultimo andar, mesmo que não fosse voar. A lua gritava e o Poeta devolvia gritos em noites negras, agora os dois conversam e vez por outra ele recita um verso pra Ela. A musa recebe a preza e ainda se perde em meio aos devaneios sóbrios do Poeta.
O Poeta encara o teto branco esperando o sono vir sem ela ali do lado. Em um mundo agora o tempo corre do lado, mesmo se adiantando quando o sono vem. Ele observa ela dormir sorrindo, parece sonhar. Assim como ele sonhou.
O medo nos olhos dela por um segundo poderiam assusta-lo. Mas a insegurança no futuro, de quem por segundos teve a lucidez de pesar nos planos que faziam. A esperança nos olhos dela arrancaram uma lágrima do Poeta. Segundos de duvida que culminam em mais lagrimas da musa. Tão valiosas essas lágrimas alegres, inundam as covinhas do sorriso, que de tão largo chega perto das orelhas.
O coração dela não sai pela boca, por que antes de poder suspirar o beijo roubado, sem surpresa encerra o assunto para cochilar mais alguns preciosos segundos abraçados.
28 de set. de 2012
24 de set. de 2012
Quando o vento sopra diferente e a espinha arrepia, o Poeta fecha a janela. A dança das folhas do coqueiro soam muito mais ameaçadoras do que belas. Mas no fundo algo sempre brilhava na noite. A musa aparece pelo papel e na ponta dos dedos enroscada por um fio da cabelo ruivo na pulseira dele.
Como amuleto a proteção já pedida, sem mesmo que a musa soubesse, a pedra vermelha já concertada protege os dedos e guia a poesia.
A paz natural interior se restaura, nos olhos e no corpo do poeta que relaxa os ombros sobre o sofá enquanto a visibilidade na sala diminui. As batidas das musicas e os sopros de fumaça despejam poesia no ar e no papel até o poeta parecer satisfeito e sair de si em segundos intermináveis.
Sentir cheiro de madeira envernizada e grama cortada, ouvindo mar e sentir gosto de fim de dia e maresia (todas elas). Sentiu cheiro de grito de criança e tinta óleo.
E voltou em um lapso de musica psicodélica que tocava no radio, lendo o futuro que já escreveu em alguns dias o poeta.
O tempo que parece oscilar entre correr e se arrastar parece que se estabilizou e decidiu encerrar o jogo e virar aliado e rei da verdade. O poeta se concentra na ampulheta e faz uma prece, agradece a vida. Aquela que já tem e aquela que ainda vai levar.
Joga o cabelo pela janela, reverencia a lua e joga um beijo no vento pra ela pegar, agradecendo por ela apenas existir.
Como amuleto a proteção já pedida, sem mesmo que a musa soubesse, a pedra vermelha já concertada protege os dedos e guia a poesia.
A paz natural interior se restaura, nos olhos e no corpo do poeta que relaxa os ombros sobre o sofá enquanto a visibilidade na sala diminui. As batidas das musicas e os sopros de fumaça despejam poesia no ar e no papel até o poeta parecer satisfeito e sair de si em segundos intermináveis.
Sentir cheiro de madeira envernizada e grama cortada, ouvindo mar e sentir gosto de fim de dia e maresia (todas elas). Sentiu cheiro de grito de criança e tinta óleo.
E voltou em um lapso de musica psicodélica que tocava no radio, lendo o futuro que já escreveu em alguns dias o poeta.
O tempo que parece oscilar entre correr e se arrastar parece que se estabilizou e decidiu encerrar o jogo e virar aliado e rei da verdade. O poeta se concentra na ampulheta e faz uma prece, agradece a vida. Aquela que já tem e aquela que ainda vai levar.
Joga o cabelo pela janela, reverencia a lua e joga um beijo no vento pra ela pegar, agradecendo por ela apenas existir.
16 de set. de 2012
O poeta muda os móveis de lugar e deixa a maquina de escrever junto a janela, sempre procurando formas de estar perto dela. Algumas folhas amassadas e várias bitucas jogadas na mesa ao lado. O cheiro doce de vinho e a fumaça encontravam meios de tornar os pensamentos mais macis. Algumas linhas a mais e o sonho ganha mais alguma forma. Depois de fechar a janela pra evitar a chuva que se anunciava pela janela o poeta deita na cama, tantas coisas da musca permanecem ali, de roupas a fios de cabelo vermelho. Os travesseiros surdos guardam o cheiro que o acalma ao cair no sono.
Cada traço dos dois praticamente copiado nos sonhos, com mais cores talvez. Um carro comprido e outras paisagens soltas pelas janelas dos bancos de trás. Os olhos brilham percorrem cada traço do rosto dela. O sorriso continuava largo.
Quando acordou, notou a diferença no tempo, não era de fato um sonho e seu dente ainda amargava em contato com a língua desmanchar de novo em cores o teto.
O gosto do beijo e do vinho ainda está na boca, o sorriso transcendental dela dentro da cabeça e a sinestesia das almas juntas ainda arrepia a pele colorida da perna.
Cada traço dos dois praticamente copiado nos sonhos, com mais cores talvez. Um carro comprido e outras paisagens soltas pelas janelas dos bancos de trás. Os olhos brilham percorrem cada traço do rosto dela. O sorriso continuava largo.
Quando acordou, notou a diferença no tempo, não era de fato um sonho e seu dente ainda amargava em contato com a língua desmanchar de novo em cores o teto.
O gosto do beijo e do vinho ainda está na boca, o sorriso transcendental dela dentro da cabeça e a sinestesia das almas juntas ainda arrepia a pele colorida da perna.
9 de set. de 2012
O poeta continua a encher o cabelo de nós, a franja mesmo toda enrolada chega ao meio do peito. Sentado de pernas cruzadas usando apenas de bermuda e sem camisa. Caderno de capa azul nas mãos e uma caneta correndo muito rápida. Os sons que vêm de dentro da casa tiravam sorrisos e a concentração do dele. As pernas marcadas pelas tábuas finas do chão da varanda. Apoiando as costas no tronco da árvore repousa a mangueira, que ainda soltava fumaça, ao lado do caderno.
Levanta e passa pela porta pequena desviando de um galho, da arvore que da sustentação a parte da casa. Dentro antes mesmo de falar ele ganho um presente, um novo desenho dela, que sorri e volta para o tapete. A musa não levanta da cadeira, está pesada e reclamando do tanto que ele chuta. Ela faz cena mas entrega outro presente nas mãos do poeta, a primeira foto dele. Uma lágrima o poeta acorda com o dedo quase queimado na beira da janela.
Levanta e passa pela porta pequena desviando de um galho, da arvore que da sustentação a parte da casa. Dentro antes mesmo de falar ele ganho um presente, um novo desenho dela, que sorri e volta para o tapete. A musa não levanta da cadeira, está pesada e reclamando do tanto que ele chuta. Ela faz cena mas entrega outro presente nas mãos do poeta, a primeira foto dele. Uma lágrima o poeta acorda com o dedo quase queimado na beira da janela.
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