9 de set. de 2012

O poeta continua a encher o cabelo de nós, a franja mesmo toda enrolada chega ao meio do peito. Sentado de pernas cruzadas usando apenas de bermuda e sem camisa. Caderno de capa azul nas mãos e uma caneta correndo muito rápida. Os sons que vêm de dentro da casa tiravam sorrisos e a concentração do dele. As pernas marcadas pelas tábuas finas do chão da varanda. Apoiando as costas no tronco da árvore repousa a mangueira, que ainda soltava fumaça, ao lado do caderno.
Levanta e passa pela porta pequena desviando de um galho, da arvore que da sustentação a parte da casa. Dentro antes mesmo de falar ele ganho um presente, um novo desenho dela, que sorri e volta para o tapete. A musa não levanta da cadeira, está pesada e reclamando do tanto que ele chuta. Ela faz cena mas entrega outro presente nas mãos do poeta, a primeira foto dele. Uma lágrima o poeta acorda com o dedo quase queimado na beira da janela.

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