15 de jun. de 2014

O ´Poeta acorda de sobressalto, uma poesia brota na ponta dos dedos e o expulsa da cama. Ainda é madrugada e o céu está meio roxo, tipo café requentado. Ele vai até a geladeira e toma um longo gole direto do gargalo. A garrafa verde e baixinha, um licor de ervas fortes. Sem fazer careta outro gole desce. Na ponta dos dedos a poesia e a sinestesia do toque da pele;maldito sonho que tirou o sono e jogou pra fora da cama. Os versos fluem na velha maquina de escrever, enquanto o cachimbo infesta a sala de fumaça e cheiro de café. A musa deitada na cama mal sabe enquanto ele a observa. A pele branca e o vicio intenso sobre a mesa em flashes da ultima noite. As costas ardem com a quantidade de linhas vermelhas que Ela deixou estampado quase sobre a tatuagem.
Em segundos Ela some da cama e dissipa no ar, deixa o cheiro de dama da noite e de sexo no quarto. E o Poeta se contorce esperando que ela volte. Pra não acordar mais, mergulhado no seio do seu sonho.

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