16 de ago. de 2012

O poeta desperta pra outro dia, o céu anunciava a chuva que não vinha. Os auto-falantes tocam a musica tensa, com as veias dilatadas ele andava inquieto. A calma toca no celular, minutos pro sorriso se abrir. O vento do lado de fora já anunciava, a musa estava perto. As escadas não fazem tanto sentido se não ouve outro barulho de passos que não os seus. Os sorrisos sonolentos e infantis pouco notam o quanto valem esses pequenos detalhes . A cada careta uma linha é escrita na cabeça dele, um traço novo pra outro personagem. A poesia nela e dela flui. Cada musica sentida nos ouvidos dele arrepia a alma. O sorriso dele coexiste ao dela até dormindo encaixado. Cada corte fundo na pele dele, soma pele debaixo da unha dela. Quando ela se vai junto com a noite, deixando a fumaça e o vento para trás, ela vira poesia. Vira palavra doce e sensação de nostalgia enquanto o gosto faz presença na boca e o amor na ponta do lápis vira outro escrito antes de dormir e esperar o novo dia com vento e poesia.

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