17 de ago. de 2012

O poeta deita ouvindo a musa cantar, fecha os olhos e vai até o futuro em cada onda do som. De cima de uma arvore alta o cheiro da madeira nova. Os sons  de dentro da casa são das duas cantando novas musicas esperando por ele. O cheiro de incenso e rosas que carregava nos braços. Uma boneca de pano em uma das mãos. Dentro da casa o calor da lareira esquenta os braços frios e coloridos. No tapete de urso no chão mais de cinquenta lápis de cor e várias folhas desenhadas de várias cores. Um abraço apertado de pequenos braços gordos com olhos gigantes e brilhantes. No colo esmagada pelos peitos coloridos que apertam para beija-lo. No fim da noite o poeta se coloca na frente da maquina de escrever com a pequena no colo uma nova ode a beleza da mãe e musa que agora dorme.
A musica acabada nos lábios da musa e ele sorri, mal sabendo ela....

Nenhum comentário:

Postar um comentário