24 de ago. de 2012

O poeta chega em casa já normalizado. Pega o longo cachimbo e um copo de Gim. Lembrou da aranha e pensou onde estaria agora o bom censo. Mas depois desistiu de pensar, afinal a aranha já o conhecia a bastante tempo. Pelo menos o observava como uma nova/velha amiga. Ele senta frente a maquina de escrever e faz pelo menos dois tratados sobre a intenção, enquanto se contorce de vontade na cadeira. Coçando os braços em busca de sua droga(my heroin) ele desfia outro rosário de poesias sinceras. O poeta fecha os olhos e deita o pescoço para trás e a mente viaja. Vai até uma casa tão velha que poderia morar nela, os vidros quebrados deixam o vento entrar e tocar o piano de teclas duras. O poeta vê seus passos e outros dois. Um pequeno outro um pouco maior.Cada cheiro sentido, cada gosto da casa e de sonho. O Gim e o isqueiro fazem de novo sua parte pra adoçar o sonho natural. Acordado o poeta sai do transe e escreve pra quem ainda não existe fora dos sonhos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário