1 de out. de 2011

os olhos do poeta se retorcem, nas lembranças que entram na mente, enquanto sobe a trilha escura, rindo das raízes que derrubam os que com ele sobem, escudeiros nada sóbrios e pouco experientes na arte da fria loucura cronica que invade as suas mentes, vindo quase que pelos poros.
os cheiros e gostos estão na boca ainda e já fazem algumas horas que ela se foi e a beira d'água o poeta vê pássaros enquanto administra mais uma dose, de sabe-se la o que tem naquele pequeno frasco.
os dedos agora tremendo, são mais lentos que o pensamento, onde estaria sua caneta nesse momento em que a madrugada engole todos os sentidos e devolve a vontade de escrever, só pelo som do riso dela dentro da cabeça.
o gosto amargo da boca some, quando o cheiro do beijo volta e enche a boca de gosto da língua, só para testar os limites da mente e da sanidade.
do poeta e da musa, quase sempre testado ao limite.

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