22 de out. de 2011

o poeta ascende a memória e encontra a inspiração.
recorre as risadas, das lembranças ébrias de goles e goles, garrafas e ainda mais garrafas divididas afogadas daqueles "te considero" já com a língua enrolada.
as lembranças de inicio são vagas, mas claras ou escuras quando se trata de dele. me afogo de novo em fumaça verde pra falar da viagem que são os teus olhos vidrados dentro de copos de uísque ou chá de trombeta.
seus olhos pretos e fundos confundem no sorriso aberto, sincero e infantil. se não soubesse que o brilho do olho tivesse a ver com o tamanho do que se havia consumido naquele lugar alto, diria que o brilho era inocente.
nenhuma outra historia da caserna me fez rir tanto, quanto aquelas que ele contou, soldado tão bravo que foi posto em retirada por um Pardal fêmea.
as voltas que deu levaram à viagens ainda mais loucas e sinceras de noites inteiras de conversas e aulas em picos nevados. muito muito altos.
a incrível ironia de um soldado sem roupas e sem armas, apenas a mente armada de potencial insólito sem sentido e apreciado muito por poucos.
a distância se torna real, ao menos palavras ainda são trocadas, sem querer perde-lo de vista de fato.
desafio a ele, não distanciar-se mais que as palavras nos tragam um sorriso. clonando momentos, esperando de novo um abraço e uma piada sobre o meu visual. te devolvo o sorriso, por poder falar de você.

Nenhum comentário:

Postar um comentário