23 de mar. de 2011

o coração disparado, os dentes cortando tudo que se coloca entre eles.
os lábios cortados pela falta dela, e de apagar a luz dela dando carinho pra dormir.
as vozes aumentam na minha cabeça,mas agora elas sussurram, desde as poesias até imitações da sua voz, nos escuros banheiros distantes em prédios vazios
baralhos e dados,jogados em cima de couro esticado, da mesa de madeira branca, tão branca quanto a neve que escorre dos nossos rostos marcados e dilatados iluminados pela luz de uma manhã que se acende, com mais neblina tapando o verde das matas,além muros, além mar além ilhas imaginárias de magias loucas e poucas, doces e azedas, tão ácidas quanto as loucuras indianas e malévolas.
os cinco sobrevivem à nevasca e deslizam vagarosamente entre a sobriedade e mais uma dose, de manhã cedo, ou no crepúsculo de uma velha inocência perdida em palavras e neblina, da manhã que teima em chegar, sempre...

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