29 de nov. de 2010

a pelúcia
disfarça o ferro
doce e intenso
a verdade
da gaiola
comida pelo tempo
corroída sem chave
a trava fraca
mais fraca
que o grito
fundo e calado
sem forças pra
normalidade
de braços dados
saem do meu corpo
moralidade,
com todos os seus moralismos
mentira, sai e fica fora
despejo oceanos
pra te ter por segundos
amores sem grades
campos alagados
com traves
desertos de solidão
no meio de toda a
paulista
nudista de praia conservadora
com mais um grito da loucura
cai por terra pudores e censuras
bocas falam e linguas beijam
corpos amam
e mostram
queimam
puxam e alargam
depois pintam
deixando a arte do corpo
o amor do sinistro
a como é sinistro o amor
mutante
maluco
louco
assim como nós poetas boemios
as voltas com as musas
que são e amam
ou não sabem para amar
a vida toca
e cada tempo se alterna
para um dia convergir
entre o presente e o futuro
de planos incertos
de futuros dispersos
tão próxmos que sinto seu
cheiro
ainda no meu travesseiro
como se sumisse da memória
o aconchego do teu abraço
que tive. tenho e quero
nem que seja de longe
pra sentir
maluquices
inatas e catalizadas,
longe ou perto nao importa
só o tempo e o sorriso contam...

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