20 de mai. de 2012
O poeta acorda ao som do piano.Aquele lugar em meio a arvores já não é tão estranho. Os braços marcados por personagens de algum devaneio. O som das teclas do piano cessam. Ele se levanta, o silêncio ali era o problema. As escadas de madeira rangem e outro som de teclas invade a casa. Pequenas mãos martelam a sua velha maquina de escrever. Ele se desmancha, agacha e beija as pequenas mãos. Algumas folhas brancas que estavam jogadas no chão param no parede. As fotos dos desenhos em diferentes partes do corpo ocupam a parede oposta da sala. Ainda sonolento caminha até o bar e serve uma dose de uísque. Alguns goles para sacudir o que ainda não acordou. Copo na mão em direção a varanda. A rede balança com o vento providencial. Estão apenas os dois em casa, sua nova inspiração. Difícil prender a atenção ao papel, quando o faz, como mágica cores aparecem no papel. Canetinhas servem como arma. O dia passa da mesma forma, bucólico e nostálgico. Acordado novamente o poeta sua frio. Toma água gelada e procura um espelho. De onde vem tantos sonhos? As perguntas pensadas na janela são respondidas pelo vento no pé da orelha, depois de ler "amor" escrito em sua mão.
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