27 de nov. de 2011

O poeta como deve ser. Pode ser dito assim, mesmo que aos seus pensamentos clássicos, escreve melhor no frio denso dos cantos obscuros do cérebro. Não hoje quando tudo que falta é um brilho doce. Acidamente bem colocado, como flashes corrosivos de memória. Conversas breves inexistem num mundo paralelo, onde o tempo pára. E nada acontece além daquelas quatro paredes que já viram o que não devem. Nem sequer ficam rubras, sem vergonha. Energia tão positiva que o céu pega fogo, nos dedos e no por do sol. Esperando aqui o mundo acabar em fumaça, poeira e musica. Em alto e bom som. O poeta é deus de braços abertos sobre avenidas largas e luzes que não sabem pra onde ir.
Sons de hoje e de ontem são a própria estrada para a viagem doce de mel. Delicadamente deitada ao por do sol, os dreads do poeta pulam. O vento lambe os cabelos compridos do duende que o poeta se transforma. O verde e a terra se fundem. A natureza não se curva, mas o duende faz força com o poeta. E o vento vai até onde o brilho deve estar. Assim o beijar. Apaixonadamente alucinando no vento e no som. Ah a delicadeza da poesia magica.

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