10 de nov. de 2010

bocas secas
e anestesiadas
depois de uma longa noite
de devaneios frios
sentindo falta
daquilo que nem sei
se tive ou sonhei
sei que sinto e faço sentir
e me viro ao espelho
a cara embriagada
o olho vermelho
e uma infinidade de cigarros
no cinzeiro ao lado
da garrafa de vodka vazia
e mais além, a mente foge
e vai buscar você, sem saber sinto bem
vejo sonhos
saio de pesadelos, viajo em campo de flores
que cheiram a mato
e veneno
outra poção, nociva ou não,
desta quero uma overdose, por favor garçom!

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